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Processo de Onboarding

Processo de Onboarding

O processo de onboarding refere-se à introdução estruturada de novos colaboradores em uma empresa ou organização. No contexto de um escritório de advocacia, esse processo abrange todas as medidas destinadas a acompanhar os novos membros da equipe desde o dia da assinatura do contrato até a integração completa no ambiente de trabalho. O objetivo do processo de onboarding é possibilitar um início tranquilo, promover a motivação e tornar a integração o mais eficiente possível.

Definição e importância do processo de onboarding

O termo onboarding tem origem no inglês e significa literalmente “embarcar”. Na prática, o processo de onboarding engloba todas as etapas que ajudam os novos colaboradores a se adaptarem ao ambiente de trabalho e assumirem suas funções com sucesso. Isso inclui, entre outros, a recepção no primeiro dia de trabalho, o fornecimento de todos os materiais necessários, a apresentação à equipe, a explicação dos procedimentos organizacionais e informações sobre as práticas e valores vigentes.

A importância do processo de onboarding aumentou continuamente nos últimos anos. Uma introdução cuidadosa não só garante que os recém-chegados possam iniciar suas atividades mais rapidamente, como também influencia positivamente a ligação com a empresa e a satisfação na nova relação de trabalho.

Enquadramento no processo seletivo: Papel e relevância para o início em um escritório de advocacia

O processo de onboarding normalmente começa após a conclusão bem-sucedida do processo seletivo, com a assinatura do contrato de trabalho. Ele se encerra quando os novos colaboradores estão completamente integrados aos processos de trabalho e à equipe. Em um escritório de advocacia, esse procedimento estruturado é especialmente relevante, pois a convivência e o entendimento comum dos procedimentos internos são a base para uma colaboração bem-sucedida.

Para candidatos e candidatas, um processo de onboarding bem elaborado significa não apenas conhecer as tarefas técnicas, mas também ser integrado socialmente à equipe. Informações sobre métodos de trabalho, formas de comunicação, tratamento de mandatos e o cotidiano do escritório são repassadas de forma direcionada para reduzir incertezas e facilitar a integração imediata.

Fluxo típico do processo de onboarding

  • Preparação: Já antes do primeiro dia de trabalho, frequentemente são enviadas informações, definidos pontos de contato e esclarecidos detalhes organizacionais.
  • Recepção e introdução: No primeiro dia, geralmente ocorre uma recepção pessoal. Documentos importantes e dados de acesso são entregues, a equipe é apresentada e primeiros procedimentos organizacionais são explicados.
  • Fase de integração: Durante um determinado período, os novos colaboradores recebem integração e feedback sistemáticos. Reuniões regulares promovem a integração e esclarecem dúvidas.
  • Conclusão: O processo de onboarding é considerado concluído quando o colaborador ou a colaboradora consegue atuar de forma autônoma e segura no dia a dia do escritório.

Exigências e expectativas do empregador

Os empregadores buscam diferentes objetivos com o processo de onboarding e têm expectativas claras para os novos membros da equipe:

  • Colaboração ativa: Os novos colaboradores devem tomar iniciativa, familiarizar-se com os processos e esclarecer dúvidas quando necessário.
  • Abertura e disposição para comunicação: Uma postura aberta e a disposição para o diálogo facilitam o início e promovem a integração na equipe.
  • Confiabilidade e pontualidade: Espera-se o cumprimento de prazos e das diretrizes organizacionais.
  • Compreensão e aplicação de procedimentos: Os novos membros da equipe devem ser capazes de aplicar rapidamente os métodos de trabalho e procedimentos apresentados no onboarding.

Um processo de onboarding profissionalmente estruturado permite que os empregadores identifiquem precocemente potenciais de desenvolvimento, fechem lacunas de conhecimento de forma direcionada e alinhem as expectativas mútuas.

Equívocos ou interpretações errôneas típicas

Existem alguns equívocos e interpretações erradas em relação ao termo processo de onboarding:

  • Equivalência apenas à integração técnica: Onboarding abrange mais do que mera transmissão de conhecimento ou introdução técnica. Inclui especialmente medidas de integração social e cultural.
  • Limitação ao primeiro dia de trabalho: O processo não se limita ao primeiro dia, mas normalmente acompanha a integração durante várias semanas ou meses.
  • Responsabilidade unilateral: A integração bem-sucedida não é tarefa exclusiva do empregador. Também os novos colaboradores devem participar ativamente.

Dicas práticas para candidatos e candidatas

Um processo de onboarding eficaz oferece a oportunidade de se ambientar de forma rápida e segura no novo ambiente. As seguintes recomendações ajudam a aproveitar ao máximo essa fase:

  • Ler atentamente os documentos e informações: As informações disponibilizadas antes do primeiro dia de trabalho proporcionam uma visão inicial sobre o escritório e os procedimentos.
  • Fazer perguntas: Dúvidas devem ser abordadas abertamente. Isso demonstra interesse e engajamento.
  • Fazer networking e estabelecer contatos: Conversas com colegas facilitam a integração social.
  • Buscar ativamente feedback: O feedback ajuda a se orientar mais rapidamente e a otimizar seus próprios métodos de trabalho.
  • Comunicar suas próprias expectativas: O diálogo sobre desejos e perspectivas de desenvolvimento traz benefícios para ambos os lados.

Perguntas frequentes

Quanto tempo dura o processo de onboarding em um escritório de advocacia?

A duração varia conforme o escritório e a posição. Geralmente, o período vai de quatro semanas a seis meses, dependendo das exigências individuais e das áreas de trabalho.

Durante o processo de onboarding já sou membro pleno da equipe?

Sim, novos colaboradores fazem parte da equipe a partir do início do contrato. O processo de onboarding apenas os apoia na integração completa.

O que acontece se surgirem dúvidas ou perguntas durante o onboarding?

Dúvidas são normais. É altamente recomendado abordá-las abertamente e buscar feedback regularmente.

Qual o papel dos chefes diretos durante o onboarding?

Chefes diretos costumam exercer um papel de coordenação no processo de onboarding. Eles são os primeiros pontos de contato e acompanham a integração junto com outros membros da equipe.

Existem diferenças entre o onboarding digital e o clássico?

Sim, especialmente na apresentação pessoal e integração podem existir diferenças. Processos de onboarding digitais utilizam mais reuniões online, plataformas de aprendizagem digitais e comunicação eletrônica. Os objetivos de conteúdo, contudo, permanecem idênticos.


Este artigo visa proporcionar a candidatos e candidatas no contexto dos escritórios de advocacia uma compreensão abrangente do termo processo de onboarding e prepará-los para contribuir ativamente para o seu início.

Perguntas frequentes

Quais requisitos legais devem ser atendidos no âmbito do processo de onboarding em relação à verificação de identidade?

No âmbito do processo de onboarding, a verificação de identidade é juridicamente regulamentada por diversas leis nacionais e internacionais, principalmente pela Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (GwG), a Lei Bancária (KWG) e as Diretivas da UE para prevenção de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. As empresas são obrigadas a identificar e documentar inequivocamente a identidade de novos colaboradores ou parceiros de negócios. Isso inclui a apresentação e verificação de documentos oficiais de identidade (carteira de identidade, passaporte, títulos eletrônicos de residência), o registro de dados relevantes dos documentos de identidade, bem como a realização de verificações de plausibilidade. No contexto digital, são permitidos procedimentos conformes à lei, como o VideoIdent e o procedimento eID, que impõem requisitos especiais de proteção de dados e segurança da informação. Violações desses requisitos podem resultar em consequências civis e criminais para as empresas e pessoas envolvidas.

Quais obrigações de informação o empregador tem no início da relação de trabalho?

O empregador é obrigado a fornecer ao novo colaborador todas as informações relevantes para a relação de trabalho, no prazo máximo de um mês após o início do vínculo, em forma textual. Isso inclui, entre outros, informações sobre local de trabalho, descrição das funções, remuneração, horários, férias, prazos de rescisão e eventuais referências a acordos coletivos ou regulamentos internos. Essas obrigações decorrem especialmente da Lei de Comprovação (NachwG), bem como, se for o caso, da Lei de Trabalho a Tempo Parcial e Prazo Determinado (TzBfG), da Lei de Jornada de Trabalho (ArbZG) e demais normas trabalhistas aplicáveis. Em caso de descumprimento, podem ser aplicadas multas e há risco de litígios com os colaboradores.

Quais aspectos de proteção de dados devem ser observados durante o onboarding?

Durante o onboarding, dados pessoais – inclusive dados especialmente sensíveis de acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) – são regularmente coletados e processados. O empregador deve garantir que apenas os dados necessários para cada finalidade sejam processados (princípio da minimização de dados). O processamento só é permitido se houver base legal, geralmente para execução do contrato de trabalho (Art. 6, n.º 1, alínea b do RGPD) ou para cumprimento de obrigações legais. As pessoas afetadas devem ser informadas de forma abrangente sobre o processamento de seus dados, conforme os Artigos 13 e 14 do RGPD. Além disso, devem ser adotadas medidas técnicas e organizacionais para proteger os dados. As obrigações de proteção de dados e eventuais consentimentos necessários devem ser documentados.

Quais documentos devem ser obrigatoriamente preenchidos e arquivados juridicamente no processo de onboarding?

Entre os documentos juridicamente obrigatórios no processo de onboarding estão o contrato de trabalho, a confirmação de recebimento da orientação sobre proteção de dados, a orientação sobre segurança no trabalho e, se necessário, acordos operacionais essenciais. Além disso, devem ser preenchidos e arquivados inscrições na previdência social, comprovantes de imposto de renda, orientação conforme a Lei Geral de Igualdade de Tratamento (AGG), bem como comprovantes sobre treinamentos e instruções recebidas. A guarda dos documentos deve obedecer aos prazos legais, geralmente de seis a dez anos, conforme o documento e a base legal aplicável (incluindo o Código Comercial, Código Tributário e legislação de proteção de dados).

Quais direitos e deveres derivam da AGG durante o onboarding?

A Lei Geral de Igualdade de Tratamento (AGG) obriga os empregadores, já durante o processo de onboarding, a garantir que não haja discriminação com base nas características previstas no § 1 AGG (ex.: gênero, origem étnica, religião, convicção, deficiência, idade, identidade sexual). As empresas precisam informar todos os colaboradores sobre a AGG e sobre as possibilidades formais de reclamação. Práticas, perguntas ou atitudes discriminatórias durante o onboarding podem ensejar direitos a indenização e ressarcimento. Os empregadores devem adotar medidas preventivas e documentar o cumprimento do princípio da igualdade de tratamento.

Quais treinamentos em saúde ocupacional e segurança do trabalho são juridicamente necessários?

De acordo com a Lei de Segurança e Saúde no Trabalho (ArbSchG), o Regulamento de Ambientes de Trabalho (ArbStättV) e normas de prevenção de acidentes (DGUV), novos colaboradores devem receber treinamento sobre questões de segurança antes de iniciar suas atividades. Isso inclui orientações sobre perigos no local de trabalho, primeiros socorros, prevenção de incêndios, bem como o uso de equipamentos de proteção individual, se necessário. Esses treinamentos devem ser documentados e realizados periodicamente. Para determinadas categorias profissionais, é obrigatória a realização prévia de exame de saúde ocupacional. O não cumprimento dessas obrigações pode resultar em multas e responsabilidade em caso de danos.